Close-up das mãos de uma pessoa plantando flores em um jardim, luz natural suave, texturas terrosas, flores coloridas, solo visível e folhas verdes, atmosfera terapêutica, estilo realista
A jardinagem terapêutica é muito mais do que cultivar plantas bonitas. Ela é, de fato, uma prática que une o cuidado com a natureza ao autocuidado emocional. Pesquisas recentes da American Horticultural Therapy Association (AHTA) mostram que atividades de jardinagem regular reduzem níveis de cortisol — o hormônio do estresse — em até 20%.
No Brasil, essa prática vem ganhando força em clínicas, escolas e até empresas. Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, programas de jardinagem têm sido usados como complemento em terapias para ansiedade, depressão e estresse ocupacional. Afinal, o simples ato de colocar as mãos na terra e observar o crescimento das plantas estimula a produção de serotonina e dopamina — neurotransmissores ligados à felicidade e ao bem-estar.
Além disso, estudos da Universidade de Essex (Reino Unido) indicam que o contato com o verde melhora a concentração e a autoestima. Ou seja, jardinar é literalmente “plantar saúde mental”.
O impacto positivo da jardinagem terapêutica na saúde mental é amplo e cientificamente comprovado. Confira alguns dos principais benefícios:
Inclusive, projetos como o Jardim das Ideias e Instituto Plantando o Futuro desenvolvem programas terapêuticos com resultados emocionais expressivos em comunidades brasileiras.
Você não precisa de um grande quintal para começar. Mesmo em apartamentos, é possível criar um pequeno refúgio verde. Veja como dar os primeiros passos:
1. Escolha um espaço acolhedor
Pode ser uma varanda, janela ou até um canto da sala com boa iluminação natural.
2. Comece com espécies fáceis de cuidar
Suculentas, jiboias, manjericão e alecrim são ótimas opções para iniciantes. Além disso, ervas aromáticas trazem benefícios sensoriais e podem ser usadas na culinária.
3. Estabeleça uma rotina
Dedique alguns minutos por dia para regar, podar e observar suas plantas. Essa rotina se transforma em um momento de pausa e autocuidado.
4. Conecte-se com o processo
Não tenha pressa. Assim como na vida, o crescimento das plantas exige tempo e paciência.
5. Participe de grupos e oficinas
Existem inúmeras iniciativas de hortas comunitárias urbanas e cursos de jardinagem terapêutica em cidades como São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Além disso, influenciadores como Carol Costa (@minhasplantas) e Marcus Urban (@jardimdasurbanas) compartilham dicas acessíveis e inspiradoras.
De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 4 pessoas enfrentará algum transtorno mental ao longo da vida. Nesse contexto, práticas como a jardinagem terapêutica surgem como alternativas complementares e sustentáveis para promover o equilíbrio emocional.
Estudos da Universidade de Michigan mostram que apenas 20 minutos de contato com a natureza já reduzem significativamente a pressão arterial e o estresse percebido. Consequentemente, programas de “ecoterapia” vêm sendo implementados em países como Japão e Noruega, inspirando também projetos no Brasil — como o Florescer Urbano, iniciativa do coletivo paulistano Verdejando.
Ainda que não substitua tratamentos médicos, a jardinagem terapêutica pode ser um poderoso aliado para manter a mente saudável, especialmente em tempos de vida acelerada e excesso de telas.
A jardinagem terapêutica é uma prática transformadora. Além de embelezar os espaços, ela reconecta o ser humano ao ritmo natural da vida — mais lento, consciente e cheio de propósito. Portanto, que tal reservar alguns minutos do seu dia para cuidar de uma planta?
Em resumo, cultivar é também curar. E cada muda plantada pode ser o início de um novo ciclo de equilíbrio e serenidade.
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